“O tempo é construção. Não podemos ter a esperança de predizer o futuro, mas podemos influir nele”.
Ilya Prigogine
O homem é um ser histórico: suas ações e pensamentos mudam no tempo à medida que enfrenta os problemas não só da vida coletiva, como também da experiência pessoal. Sendo o homem o resultado desse “ir e vir” do processo pelo qual constrói a cultura e a si mesmo é impossível pensar em um homem estático, universal, em uma natureza humana, sendo o homem um ser feito de tempo.
Partindo dessa análise é muito difícil aceitar que apenas o atual momento em que vivemos possa ser chamado de “era tecnológica”. Na verdade, a partir do momento que o homem se transforma através de sua interação com o meio, ele inicia o seu processo de humanização, ou seja, a diferenciação de seus comportamentos em relação aos dos demais animais, utilizando os recursos existentes na natureza em benefício próprio, procurando superar suas fragilidades físicas em relação às demais espécies. Utilizando as ferramentas que lhes eram naturais (o cérebro e a mão criadora), o homem desenvolvia equipamentos que ampliavam suas competências. Utilizando do raciocínio, da natureza e da agregação social, para superar as dificuldades e os desafios climáticos, o homem foi evoluindo socialmente e aperfeiçoando suas ferramentas e utensílios.
A evolução social do homem confunde-se com as tecnologias: a medida em que o homem modificava o meio criando ferramentas para sua sobrevivência, seja ela individual ou coletiva, o homem, cria também, idéias, valores, cujo aperfeiçoamento é feito pelas gerações futuras, permitindo assimilar e modificar os modelos valorizados de uma determinada cultura, o que possibilita que o conhecimento sobre a natureza não se perca mas se acumule de geração em geração. A esse fenômeno, corresponde a educação, que nasce como meio de garantir a outras pessoas o que um determinado grupo aprendeu, perpetuando as conquistas adquiridas ao longo de todo um processo histórico.
Diferentes épocas da história da humanidade são historicamente reconhecidas, pelo avanço tecnológico correspondente: assim tivemos a Idade da Pedra, do Bronze,... Até chegarmos ao momento tecnológico atual. As idades da pedra, do bronze, do ferro, do ouro, por exemplo, correspondem ao momento histórico-social em que foram criadas “novas tecnologias” para o aproveitamento desses recursos da natureza de forma a garantir melhor qualidade de vida.
E hoje? Como vem sendo tratada a tecnologia no campo educativo? Se ao surgir, ela propiciou a emancipação do homem, como podemos analisar a situação das novas tecnologias, em relação com o sujeito, ao se falar de formação humana?
Esse é um dos grandes desafios para a ação da escola na atualidade. Viabilizar-se como espaço crítico em relação ao uso e à apropriação dessas tecnologias de comunicação e informação. Cercados que estamos pelas tecnologias e pelas mudanças que elas acarretam no mundo, precisamos pensar em uma escola que forme o ser humano, precisamos pensar em uma escola que forme o ser humano, que forme cidadãos capazes de lidar com o avanço tecnológico, participando dele e de suas conseqüências.
Esta capacidade se forja não só através do conhecimento das tecnologias existentes, mas também, e talvez principalmente, através do contato com elas e da análise crítica de sua utilização e de suas linguagens. Para cumprir essa tarefa, é necessário que a escola e seus profissionais se apropriem do conhecimento sobre essas novas tecnologias, tanto aquelas comumente ligadas à comunicação de massa, quanto das que já convencionou usar na educação, ou ainda das tecnologias que servem a variados fins e que podem ser utilizados pedagogicamente.
"Formar verdadeiros cidadãos capazes de analisar o mundo (este mundo tecnológico), e construir opinião própria com a consciência de seus direitos e deveres, é uma tarefa que algumas vezes a escola tem dificuldade em realizar por diversos fatores políticos e sociais, entre eles a própria inexistência de prioridade à educação nas ações do Estado."(SAMPAIO e LEITE, 1999, p.18)
Hoje, a escola precisa trabalhar de acordo com uma perspectiva multi e intercultural e autônoma, para adequar-se ao momento contemporâneo, em contato crítico com as tecnologias da/na escola, consiga lidar com as tecnologias da sociedade sem por elas dominado.
Ilya Prigogine
O homem é um ser histórico: suas ações e pensamentos mudam no tempo à medida que enfrenta os problemas não só da vida coletiva, como também da experiência pessoal. Sendo o homem o resultado desse “ir e vir” do processo pelo qual constrói a cultura e a si mesmo é impossível pensar em um homem estático, universal, em uma natureza humana, sendo o homem um ser feito de tempo.
Partindo dessa análise é muito difícil aceitar que apenas o atual momento em que vivemos possa ser chamado de “era tecnológica”. Na verdade, a partir do momento que o homem se transforma através de sua interação com o meio, ele inicia o seu processo de humanização, ou seja, a diferenciação de seus comportamentos em relação aos dos demais animais, utilizando os recursos existentes na natureza em benefício próprio, procurando superar suas fragilidades físicas em relação às demais espécies. Utilizando as ferramentas que lhes eram naturais (o cérebro e a mão criadora), o homem desenvolvia equipamentos que ampliavam suas competências. Utilizando do raciocínio, da natureza e da agregação social, para superar as dificuldades e os desafios climáticos, o homem foi evoluindo socialmente e aperfeiçoando suas ferramentas e utensílios.
A evolução social do homem confunde-se com as tecnologias: a medida em que o homem modificava o meio criando ferramentas para sua sobrevivência, seja ela individual ou coletiva, o homem, cria também, idéias, valores, cujo aperfeiçoamento é feito pelas gerações futuras, permitindo assimilar e modificar os modelos valorizados de uma determinada cultura, o que possibilita que o conhecimento sobre a natureza não se perca mas se acumule de geração em geração. A esse fenômeno, corresponde a educação, que nasce como meio de garantir a outras pessoas o que um determinado grupo aprendeu, perpetuando as conquistas adquiridas ao longo de todo um processo histórico.
Diferentes épocas da história da humanidade são historicamente reconhecidas, pelo avanço tecnológico correspondente: assim tivemos a Idade da Pedra, do Bronze,... Até chegarmos ao momento tecnológico atual. As idades da pedra, do bronze, do ferro, do ouro, por exemplo, correspondem ao momento histórico-social em que foram criadas “novas tecnologias” para o aproveitamento desses recursos da natureza de forma a garantir melhor qualidade de vida.
E hoje? Como vem sendo tratada a tecnologia no campo educativo? Se ao surgir, ela propiciou a emancipação do homem, como podemos analisar a situação das novas tecnologias, em relação com o sujeito, ao se falar de formação humana?
Esse é um dos grandes desafios para a ação da escola na atualidade. Viabilizar-se como espaço crítico em relação ao uso e à apropriação dessas tecnologias de comunicação e informação. Cercados que estamos pelas tecnologias e pelas mudanças que elas acarretam no mundo, precisamos pensar em uma escola que forme o ser humano, precisamos pensar em uma escola que forme o ser humano, que forme cidadãos capazes de lidar com o avanço tecnológico, participando dele e de suas conseqüências.
Esta capacidade se forja não só através do conhecimento das tecnologias existentes, mas também, e talvez principalmente, através do contato com elas e da análise crítica de sua utilização e de suas linguagens. Para cumprir essa tarefa, é necessário que a escola e seus profissionais se apropriem do conhecimento sobre essas novas tecnologias, tanto aquelas comumente ligadas à comunicação de massa, quanto das que já convencionou usar na educação, ou ainda das tecnologias que servem a variados fins e que podem ser utilizados pedagogicamente.
"Formar verdadeiros cidadãos capazes de analisar o mundo (este mundo tecnológico), e construir opinião própria com a consciência de seus direitos e deveres, é uma tarefa que algumas vezes a escola tem dificuldade em realizar por diversos fatores políticos e sociais, entre eles a própria inexistência de prioridade à educação nas ações do Estado."(SAMPAIO e LEITE, 1999, p.18)
Hoje, a escola precisa trabalhar de acordo com uma perspectiva multi e intercultural e autônoma, para adequar-se ao momento contemporâneo, em contato crítico com as tecnologias da/na escola, consiga lidar com as tecnologias da sociedade sem por elas dominado.
SAMPAIO, Maria Narciso e LEITE, Ligia Silva. Alfabetização tecnológica do professor. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999)